Esta cena de racismo aconteceu na faculdade de direito da PUC de São Paulo, mas poderia ter acontecido em qualquer faculdade do Brasil.
Na sala havia várias alunas de classe média alta, brancas, "bem vestidas", com idade e estilos de vida parecidos.
Junto uma senhora de 46 anos, mãe de três filhos, negra, pobre, "da periferia", que recebe bolsa do PROUNI.
O que aconteceu?
Algumas das alunas conviveram bem com a senhora.
Outras mantiveram uma distância indiferente.
Pelo menos uma partiu para agredi-la.
Ela escreveu vários emails reclamando do cheiro, gozando da roupa e de um problema de saúde da senhora, etc.
Outras mantiveram uma distância indiferente.
Pelo menos uma partiu para agredi-la.
Ela escreveu vários emails reclamando do cheiro, gozando da roupa e de um problema de saúde da senhora, etc.
Ou seja, muitas pessoas se sentem muito incomodadas quando encontram pessoas diferentes EM SITUAÇÕES IGUAIS.
Estas pessoas tendem a partir para a violência. Tentam boicotar, prejudicar, desmerecer, desencorajar e, se puderem, destruir quem é diferente.
O que mais chama a atenção é o silêncio e a complacência que acompanham tais campanhas de intimidação e racismo.
Lhes convido a lerem este texto do Jornal Brasil de Fato: Diretor da PUC reconhece racismo em Universidade
Dica: na educação de uma criança é muito importante que ela tenha a experiência de conviver de igual para igual com crianças de todas as classes sociais e todas as raças.
Quem tiver esta oportunidade, aproveite! Pois a realidade é muito mais poderosa do que qualquer ensinamento da "boca para fora". (Leia aqui)
Para quem busca a evolução espiritual é imprescindível esta convivência DE IGUAL PARA IGUAL.
Reconhecer as diferenças, reconhecer as igualdades, conviver fraternalmente e cooperativamente, é fundamental para formação do caráter positivo das crianças, adolescentes e adultos.
Mas, o mais importante de tudo é a pessoa aprender a não transformar o incômodo com a presença do outro em um sentimento de raiva. Raiva é a base do racismo. É preciso que a pessoa tenha autocontrole. É o autocontrole que permite que o incômodo desapareça e prevaleça o que existe de positivo.
Nos aeroportos do Brasil, a convivência de pessoas de diferentes classes sociais dentro dos aviões tem sido fonte de tensão e indelicadezas.
"Este aeroporto está parecendo uma rodoviária", "as passagem deveriam ser mais caras para triar melhor as pessoas", "a aviação perdeu seu charme, agora é para qualquer um".
Estas são algumas das frases ditas por pessoas que sonham com aeroporto "charmoso", ou seja, para poucos, para os bastante ricos.
Quando mais pessoas podem andar de avião é certeza de que haverá mais empregos. Certeza de que mais famílias estarão unidas e que o turismo será reforçado.
"Este aeroporto está parecendo uma rodoviária", "as passagem deveriam ser mais caras para triar melhor as pessoas", "a aviação perdeu seu charme, agora é para qualquer um".
Estas são algumas das frases ditas por pessoas que sonham com aeroporto "charmoso", ou seja, para poucos, para os bastante ricos.
Quando mais pessoas podem andar de avião é certeza de que haverá mais empregos. Certeza de que mais famílias estarão unidas e que o turismo será reforçado.
(Leia este texto: Viciados em negativismo: o caso do ar condicionado quebrado do aeroporto)
Ou seja, estas pessoas intolerantes pretendem que exista um mundo que é duplamente negativo: existem menos emprego e menos respeito ao próximo.
A essência do racismo é a desconsideração das capacidades e potencialidades das outras pessoas. Elas descrevem o outro de modo negativo. Se o outro acreditar nas palavras negativas desenvolverá baixa autoestima. A melhor saída para criar um mundo sem racismo é a autoafirmação de quem é objeto de crítica e desvalorização - leia aqui.
Imagina agora a seguinte situação:
Joana é mulata; Maria chega perto dela e faz piada negativa do "cabelo ruim" da Joana.
Joana aprendeu a se valorizar e diz: "eu gosto do meu cabelo; Estou feliz em ser mulata e ter cabelo crespo".
A satisfação e a felicidade da Joana desmonta o argumento negativo de Maria. O objetivo maior do racismo é deixar a outra pessoa desconfortável com sua aparência.
Preste atenção: Maria não conseguiu gerar insatisfação na Joana. O racismo somente é vitorioso se a vítima do racismo aceitar o que o outro fala e ficar insatisfeita (baixa autoestima) com a vida que tem.
Este processo de negativização do outro está presente em muitos ambientes; e oscilam entre o preconceito puro e a mentira descarada. Exemplo: os que falam mal do bolsa família argumentam que quem recebe a ajuda terá muitos filhos para poder ganhar mais sem trabalhar. Mentira! Os dados mostram que os beneficiários do Bolsa Família passaram a ter menos filhos - Leia aqui.
A senhora, vítima da agressão, tem muito a aprender com as adolescentes que estudam com ela. Estas adolescentes possuem experiências de vida muito diversas e podem colaborar com a senhora em vários aspectos. Mas, com certeza, a senhora também pode colaborar com elas. A experiência de vida diferente e a luta pelo estudo serão fatores capazes de enriquecer as discussões dentro da sala de aula.
Ou seja, estas pessoas intolerantes pretendem que exista um mundo que é duplamente negativo: existem menos emprego e menos respeito ao próximo.
CONHEÇA A FILOSOFIA CAMINHO NOBRE |
Imagina agora a seguinte situação:
Joana é mulata; Maria chega perto dela e faz piada negativa do "cabelo ruim" da Joana.
Joana aprendeu a se valorizar e diz: "eu gosto do meu cabelo; Estou feliz em ser mulata e ter cabelo crespo".
A satisfação e a felicidade da Joana desmonta o argumento negativo de Maria. O objetivo maior do racismo é deixar a outra pessoa desconfortável com sua aparência.
LEIA: CLIQUE AQUI |
Este processo de negativização do outro está presente em muitos ambientes; e oscilam entre o preconceito puro e a mentira descarada. Exemplo: os que falam mal do bolsa família argumentam que quem recebe a ajuda terá muitos filhos para poder ganhar mais sem trabalhar. Mentira! Os dados mostram que os beneficiários do Bolsa Família passaram a ter menos filhos - Leia aqui.
A senhora, vítima da agressão, tem muito a aprender com as adolescentes que estudam com ela. Estas adolescentes possuem experiências de vida muito diversas e podem colaborar com a senhora em vários aspectos. Mas, com certeza, a senhora também pode colaborar com elas. A experiência de vida diferente e a luta pelo estudo serão fatores capazes de enriquecer as discussões dentro da sala de aula.
VÍDEO: Deus ensina: eu lhes quero por inteiro. Sejam completos e plenos
É preciso que as pessoas aprendam a reconhecer o positivo no outro, porque esta é a melhor forma de gerar colaboração e cooperação entre pessoas diferentes que são obrigadas a conviver no mesmo espaço.
É preciso que as pessoas aprendam a reconhecer o positivo no outro, porque esta é a melhor forma de gerar colaboração e cooperação entre pessoas diferentes que são obrigadas a conviver no mesmo espaço.
LEIA TAMBÉM: Quem é bom não precisa ser bobo. Use a completude para elevar a sua espiritualidade
É uma oportunidade para que todos cresçam, amadureçam e possam viver em paz.
Porém, se for difícil para o racista e o preconceituoso viverem juntos com os diferentes, eles podem se isolar. Não pode é agredir, desestimular, ridicularizar.
O racista deve pensar: reconheço que jamais devo ampliar o sofrimento de outra pessoa.
Lembre-se sempre: algumas pessoas vão te odiar pelo que você é. A sabedoria está em valorizar quem te ama por você ser da forma como você é.É uma oportunidade para que todos cresçam, amadureçam e possam viver em paz.
Porém, se for difícil para o racista e o preconceituoso viverem juntos com os diferentes, eles podem se isolar. Não pode é agredir, desestimular, ridicularizar.
O racista deve pensar: reconheço que jamais devo ampliar o sofrimento de outra pessoa.
Autor: Regis Mesquita
Contato e Terapia: regismesquita@hotmail.com
SIGA A PSICOLOGIA RACIONAL NAS REDES SOCIAIS
PRATIQUE O CAMINHO NOBRE, clique aqui
Leia também:
Para entender melhor o racismo que assola a Europa. Muçulmanos na Europa respeitam os cristãos que os acolheram?
Frases para esquecer e não acreditar (para não diminuir seu prazer)
Tentar ser o que não se é gera neurose, depressão e aumenta a baixa autoestima
A arte de aumentar o próprio sofrimento
Não se preocupe com os outros, a não ser para ajudá-los
A importância de se arrepender da agressividade nos pensamentos
Conheça o homem que é o inimigo número um da Al Qaeda. Ela paga 60 milhões de dólares para quem assassiná-lo.
Para refletir:
Algumas pessoas chegam ao absurdo de odiar o que não é familiar ou o que desafia seu entendimento.
Querem a segurança do tudo igual; desprezam tudo e todos que sejam diferentes.
Desta forma sofrimentos são criados, preconceitos incentivados e mentiras propagadas.
O respeito começa quando existe a opção de não aumentar o sofrimento de ninguém.
É o início de uma transformação sadia.
Autor: Regis Mesquita
Dica de leitura:
DIREITOS AUTORAIS
Os textos do Site PSICOLOGIA RACIONAL, escritos pelo
seu autor Regis Mesquita, estão REGISTRADOS e PROTEGIDOS.
Licença para reprodução dos textos do site Psicologia
Racional, siga as instruções.
"Ela escreveu vários emails reclamando do cheiro, gozando da roupa e de um problema de saúde da senhora, etc". - só acredito porque na minha turma há uma negra. UMA, SÓ UMA. E a galera vive enchendo o saco, conversando fiado, olhando enviesado. Nem vou escrever o que já ouvi, porque é bizarro.
ResponderExcluir