Manifestação contra o massacre de cristãos na Índia |
Amigos do site Psicologia Racional,
Infelizmente, não é de hoje que o
ser humano usa a religião para destruir a vida alheia. Apresento para vocês um
relato impressionante sobre o que aconteceu em Roma no início do cristianismo. Uma descrição apurada que você encontrará em poucos lugares.
Depois de tantos séculos, o problema de violência religiosa continua grave. Isto tem que mudar! Ter prazer com a desgraça alheia é um terrível incentivo para a perpetuação da violência.
Depois de tantos séculos, o problema de violência religiosa continua grave. Isto tem que mudar! Ter prazer com a desgraça alheia é um terrível incentivo para a perpetuação da violência.
"O imperador (Nero) desejava
as simpatias do povo ignorante e sofredor, alimentando o que pudesse satisfazer
seus estranhos caprichos.
A primeira carnificina, destinada a
distrair o ânimo popular, foi levada a efeito em jardins imensos, na parte que
permanecera imune da destruição, por entre orgias indecorosas, de que
partiparam a plebe e a grande fração do patriciado que se entregara à dissolução
e ao desregramento. A festividade prolongou-se por noites sucessivas, sob a
claridade de esplêndida iluminação e o ritmo harmonioso de numerosas
orquestras, que inundavam o ar de melodias enternecedoras.
Textos indicados: Dezenas de textos sobre a espiritualidade
Nos lagos artificiais deslizavam barcos graciosos, artisticamente iluminados. No seio da paisagem, favorecida pelas sombras da noite, que as tochas poderosas não conseguiam afastar de todo, repastava-se a devassidão em jogo franco.
MAIS TEXTOS DE PSICOLOGIA RACIONAL
Ao lado das expressões festivas,
enfileiravam-se as do martírio dos pobres condenados. Os cristãos eram
entregues ao povo para o castigo que ele julgasse mais justo. Para isso, com
intervalos regulares, os jardins estavam cheios de cruzes, de postes, de
açoites e numerosos instrumentos outros de flagelação. Havia guardas imperiais
para auxiliarem as atividades punitivas. Em fogueiras preparadas,
encontravam-se água e azeite fervente, bem como pontas de ferro em brasa, para
os que desejassem aplicá-las. Os gemidos e soluços dos desgraçados casavam-se
ironicamente com as notas harmoniosas dos alaúdes".
Do livro: Paulo e Estevão, pag 532
Emmanuel/ Chico Xavier
PS: este livro, Paulo e Estevão, é
um dos mais belos livros que já li. Recomendo a todos.
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Perseguição sob Nero, 64-68
Fonte: Wikipédia
O primeiro caso documentado de
perseguição aos cristãos pelo Império Romano direciona-se a Nero. Em 64, houve
um grande incêndio em Roma, destruindo grandes partes da cidade e devastando
economicamente a população romana. Nero, cuja sanidade já há muito tempo havia
sido posta em questão, era o suspeito de ter intencionalmente ateado fogo. Em
seus Annales, Tácito afirma que "para se ver livre do boato, Nero prendeu
os culpados e infligiu as mais requintadas torturas em uma classe odiada por
suas abominações, chamada cristãos pelo populacho".
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