quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Cientistas descobrem que o estímulo sensorial pode evitar sequelas de AVC




Estimule sua alegria através de toques corporais. Toque pode evitar até sequelas do AVC.
O costume de estimular os bebês através do toque é perdido
quando vira adulto. Perde-se uma grande fonte de estímulo
para a vida.




Leves toques e sons evitam morte neural e diminuem lesões em camundongos

Acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de morte no Brasil e a segunda no mundo: cerca de 6 milhões de óbitos por ano. As lesões causadas diferem, dependendo da área cerebral afetada e do tempo para que a pessoa receba atendimento médico. Uma curiosa alternativa para diminuir os danos durante esse período de espera foi descoberta por um grupo de neurocientistas americanos. Sob a coordenação do neurobiólogo Ron Frostig, da Universidade da Califórnia, eles primeiro induziram AVC em ratos, bloqueando uma artéria que irriga o cérebro. Em seguida, tocaram o pelo dos animais e mediram, simultaneamente, a atividade cerebral dos roedores. Quando os pesquisadores vibravam um único pelo, até duas horas após o AVC, os neurônios que normalmente teriam morrido continuavam a funcionar – após o experimento, os animais não apresentaram paralisia e déficits sensoriais. O mecanismo exato do efeito protetor ainda não está claro, mas parece envolver o redirecionamento do sangue através de veias não danificadas.



Outro trabalho, publicado pelo periódico científico Stroke, mostra que embora a intensidade do toque ajude, esse fator não é o mais importante. Pesquisas em andamento indicam que o estímulo também não precisa ser tátil: os sons provocam resultados semelhantes.



No entanto, os estudiosos ressaltam que o efeito talvez não seja exatamente o mesmo em humanos, considerando o tamanho do cérebro dos ratos, muito menor que o das pessoas. “De qualquer forma, conversar com o paciente e segurar sua mão, no trajeto até o hospital, com certeza não fará mal algum”, diz Frostig.

(Fonte: Scientific American)













Comentário de Regis Mesquita

O estudo mostra a importância dos estímulos táteis para o estímulo do cérebro e a geração de bem estar. O ser humano, como todos os mamíferos, precisam de contato físico. Precisam de muito contato físico. O carinhoso passar de mãos, alisar, tocar, é um importante estimulador da vida e da energia vital.

O problema é que a medida que a criança cresce e vira adulto, o contato corporal diminui. O ser humano perde muito estímulo e muita satisfação reduzindo este contato. Ele é fundamental para um bom funcionamento do corpo e da mente.

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O cérebro é um órgão fantástico que precisa de muita estimulação para realizar o seu potencial. Vou dar um exemplo: no Brasil é imensa a quantidade de idosas dependentes de psicotrópicos para dormir. A imensa maioria delas mexe o corpo muito pouco, não alongam, não giram de um lado para o outro, não estressam o corpo através de exercícios, etc. O resultado é que o corpo vai ficando cada vez mais paralisado, reduzindo a energia vital e atrapalhando outras funções orgânicas. Este problema é extremamente agravado porque não há contato físico, nem dela própria e nem de alguém com ela. Já faz muitos anos que oriento estas senhoras a terem atividades físicas pesadas, alongamento e girar o corpo (cambalhotas, etc), e retomar o contato (alisar, se tocar, acariciar, etc.) com o próprio corpo - tudo com profissionais especializados, lógico.

Algumas pessoas são especialmente sensoriais. Este perfil de personalidade sofre bastante com a falta de contato físico. Algumas até deprimem.

Por fim, o cérebro é um órgão bastante plástico, ele é o que é estimulado. É por isto que, apesar das condições de vida terem melhorado, os níveis de stress e a prevalência da depressão estão aumentando. 



Autor dos comentários: Regis Mesquita
Contato e Terapia: regismesquita@hotmail.com


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