Amigos do site Psicologia Racional,
apresento um texto de Daniel Goleman. Peço que leiam com atenção, o melhor do texto está no final. Mas, perderia grande parte da sua riqueza se não colocasse as partes anteriores. O nome do título quem deu fui eu.
"O cérebro humano foi sintonizado para ser hipervigilante na detecção de perigos em um mundo que não mais habitamos, enquanto o mundo no qual vivemos hoje apresenta perigos abundantes que não vemos, ouvimos ou provamos. O sistema de resposta às ameaças de que o cérebro dispõe é logrado o tempo todo".
VÍDEO do Canal Caminho Nobre: Lavagem cerebral! Como a sua mente está sendo dominada
"O aparato perceptual humano possui limites ímperceptíveis, abaixo dos quais não notamos o que acontece. Somos limitados no que sentimos pelas fronteiras que se encontram eternamente além de nossa percepção. Nossa faixa de percepção foi criada pela natureza, pela ação dos predadores, dos venenos e das inúmeras outras ameaças à vida que nossa espécie encontrou. Na época em que fugíamos dos predadores, o ser humano vivia no máximo 30 anos; ”sucesso", do ponto de vista da evolução, significava viver o suficiente para ter filhos que também vivessem o suficiente para ter os próprios filhos. Hoje, porém, vivemos tempo suficiente para morrer de câncer, doença que, em si, pode levar três ou mais décadas para se desenvolver.
"O aparato perceptual humano possui limites ímperceptíveis, abaixo dos quais não notamos o que acontece. Somos limitados no que sentimos pelas fronteiras que se encontram eternamente além de nossa percepção. Nossa faixa de percepção foi criada pela natureza, pela ação dos predadores, dos venenos e das inúmeras outras ameaças à vida que nossa espécie encontrou. Na época em que fugíamos dos predadores, o ser humano vivia no máximo 30 anos; ”sucesso", do ponto de vista da evolução, significava viver o suficiente para ter filhos que também vivessem o suficiente para ter os próprios filhos. Hoje, porém, vivemos tempo suficiente para morrer de câncer, doença que, em si, pode levar três ou mais décadas para se desenvolver.
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Inventamos os processos industriais e adquirimos hábitos de vida que, cumulativamente, podem causar, aos poucos, a erosão do limitado nicho de temperatura, oxigênio e exposição à luz solar que nutre a vida humana. Porém, as mudanças que poderiam resultar em uma maior incidência de câncer, ou na marcha irrefreável rumo a um planeta mais quente, ficam abaixo do limite de nossa percepção sensorial. Nosso sistema de percepção não detecta os sinais de perigo quando a ameaça ocorre na forma de elevações graduais na temperatura do planeta, ou de minúsculas substâncias químicas que se acumulam em nosso corpo ao longo do tempo. Nosso cérebro não dispõe de um radar interno para nos avisar de sua aproximação.
O cérebro humano foi sintonizado para ser hipervigilante na detecção de perigos em um mundo que não mais habitamos, enquanto o mundo no qual vivemos hoje apresenta perigos abundantes que não vemos, ouvimos ou provamos. O sistema de resposta às ameaças de que o cérebro dispõe é logrado o tempo todo. Embora o cérebro humano seja extremamente alerta às ameaças que é capaz de sentir, nosso cérebro é inadequado às ameaças que enfrentamos no front ecológico: são perigos que surgem gradualmente, seja no nível microscópico, seja no nível global. O cérebro humano foi singularmente sintonizado para captar mudanças na luz, som, pressão etc., em uma faixa limitada - a zona de percepção em que detectamos a presença de um tigre ou de um carro desgovernado vindo em nossa direção. Essas ameaças ESTIMULAM NOSSO SISTEMA A REAGIR EM MILISSEGUNDOS: sentimos essas ameaças familiares com tanta clareza quanto enxergamos um fósforo que se acende em um quarto escuro. Entretanto, no que diz respeito aos perigos ecológicos, nós os enxergamos tão mal quanto a diferença que um fósforo aceso faz em um quarto bem iluminado.
Os psicofísicos usam a expressão “diferença apenas observável" para descobrir as menores mudanças que nossos sentidos são capazes de detectar em sinais sensoriais como pressão ou volume. As mudanças ecológicas que sinalizam perigo iminente estão abaixo do limiar e se mostram demasiadamente sutis para ser registradas em nossos sistemas sensoriais. Não dispomos de detectores automáticos voltados para essas fontes de perigo indefinidas, tampouco respostas instintivas a elas. O cérebro humano adaptou-se a identificar os perigos dentro de seu campo sensorial. No entanto, para sobreviver hoje, precisamos perceber ameaças que estão além do limite de nossa percepção. Precisamos tornar visível o invisível.
Como diz Daniel Gilbert, psicólogo de Harvard: “Os cientistas lamentam o fato de o aquecimento global estar acontecendo tão rápido, mas a verdade é que não está acontecendo rápido o bastante. Como mal notamos as mudanças que ocorrem gradualmente, aceitamos coisas que não permitiríamos caso acontecessem de uma hora para a outra. A impureza de nosso ar, da água e dos alimentos aumentou drasticamente durante nosso tempo de vida, mas veio ocorrendo um dia atrás do outro, transformando nosso mundo em um pesadelo ecológico que nossos avós jamais teriam tolerado.”
Livro Inteligência Ecológica, Ed. Campus.
Autor: Daniel Goleman, pag. 29 a31
Inventamos os processos industriais e adquirimos hábitos de vida que, cumulativamente, podem causar, aos poucos, a erosão do limitado nicho de temperatura, oxigênio e exposição à luz solar que nutre a vida humana. Porém, as mudanças que poderiam resultar em uma maior incidência de câncer, ou na marcha irrefreável rumo a um planeta mais quente, ficam abaixo do limite de nossa percepção sensorial. Nosso sistema de percepção não detecta os sinais de perigo quando a ameaça ocorre na forma de elevações graduais na temperatura do planeta, ou de minúsculas substâncias químicas que se acumulam em nosso corpo ao longo do tempo. Nosso cérebro não dispõe de um radar interno para nos avisar de sua aproximação.
O cérebro humano foi sintonizado para ser hipervigilante na detecção de perigos em um mundo que não mais habitamos, enquanto o mundo no qual vivemos hoje apresenta perigos abundantes que não vemos, ouvimos ou provamos. O sistema de resposta às ameaças de que o cérebro dispõe é logrado o tempo todo. Embora o cérebro humano seja extremamente alerta às ameaças que é capaz de sentir, nosso cérebro é inadequado às ameaças que enfrentamos no front ecológico: são perigos que surgem gradualmente, seja no nível microscópico, seja no nível global. O cérebro humano foi singularmente sintonizado para captar mudanças na luz, som, pressão etc., em uma faixa limitada - a zona de percepção em que detectamos a presença de um tigre ou de um carro desgovernado vindo em nossa direção. Essas ameaças ESTIMULAM NOSSO SISTEMA A REAGIR EM MILISSEGUNDOS: sentimos essas ameaças familiares com tanta clareza quanto enxergamos um fósforo que se acende em um quarto escuro. Entretanto, no que diz respeito aos perigos ecológicos, nós os enxergamos tão mal quanto a diferença que um fósforo aceso faz em um quarto bem iluminado.
Livro Inteligência Ecológica, Ed. Campus.
Autor: Daniel Goleman, pag. 29 a31
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