Imagine a cena.
Um pai fala para o outro pai.
- Tira da cabeça da sua filha fazer faculdade. Minha filha fez uma e continua no mesmo emprego.
Uma mulher, que estava próxima, escuta e comenta para a amiga:
- Que horror! Ainda existe pai deste jeito, que não quer que a filha estude?
Esta cena é real e retrata bem a diferença entre evolução e imitação.
Existe uma diferença entre fazer faculdade porque está na “moda” e aprender uma profissão através de um curso superior.
A diferença está na coerência e na intensidade de vida. Vamos entender:
- coerência: o foco é aprender. Portanto, o sujeito que vai para a faculdade e não aprende, não está sendo coerente.
- intensidade: a pessoa pode aprender um pouquinho, médio ou muito. Se ela se envolver e for “fundo”, aprenderá muito e poderá ter ótimo retorno do investimento de tempo e dinheiro (estude mais sobre a intensidade: clique aqui).
Um dos grandes problemas dos imitadores/seguidores é que eles querem imitar muitas coisas ao mesmo tempo. Assim, não conseguem focar e nem dar intensidade na vida.
Provavelmente, a filha do pai foi uma imitadora/seguidora. Deve ter feito um péssimo ensino fundamental, um péssimo ensino médio e um péssimo ensino superior. O resultado é péssimo. Melhor ficar em casa vendo novela, do que gastar dinheiro para fazer um curso superior sem se esforçar muito para aprender muito.
Intensidade e coerência: sem elas o esforço é grande e o resultado péssimo.
O esforço para fazer mal feita a faculdade é muito maior do que fazer bem feito. Os imitadores acham que se esforçam menos ao se entregarem à preguiça e à falta de compromisso.
O erro de avaliação dos imitadores acontece porque a mente funciona de outra forma. Quem faz bem feito ganha um prêmio. Sabe qual é o prêmio? Ao fazer bem-feito a pessoa se energiza, eleva a autoestima, reforça a boa vontade e a satisfação. Tudo isto torna o esforço mais leve, portanto menos sofrido.
Alguns escolhem se esforçarem para serem perdedores. Outros escolhem seguir caminhos mais amplos, belos e eficientes. São escolhas.
Abaixo está um desabafo de um professor universitário (retirado do Blog do Luis Nassif):
Estou indignado com os jovens estudantes brasileiros. Sou professor de uma universidade privada, que atende universitários de classes C, D e E, há nove anos e vejo, que a cada semestre, uma legião deles está menos preocupada com o conhecimento.
O que importa mesmo é o diploma. Não sou tão velho assim, tenho 36 anos, mas nunca desrespeitei um professor --seja na universidade, seja no próprio colégio.
Por mais que prepare as aulas com dedicação, permanentemente preciso chamar a atenção dos alunos.
Conversas paralelas em tom alto, intervenções grosseiras, atendimento de celular em sala, são recorrentes no ensino superior. Vejo que a indignação não é só minha, mas de vários colegas da mesma universidade e de outras.
Quando o professor pede que o aluno saía da sala por indisciplina, são recorrentes dizeres como "eu pago e você dá aula" ou "sai você".
VÍDEO do Canal Caminho Nobre: Pessoas que agem no automatismo, como se fossem formigas. Supere este problema e liberte sua mente
E se o professor sair da sala, é bem provável que os alunos recorram à ouvidoria da universidade.
Na segunda-feira, uma aluna me chamou de "cavalo" só porque chamei a sua atenção durante a aplicação da prova, pois ela tentava "colar".
Outro aluno da mesma sala me disse, ainda durante a prova: "Se você reprovar mais de 70% da classe, o problema não é mais dos alunos, é do professor".
A juventude brasileira está sem freios. Não sabem mais a distinção do certo ou errado. Isso me desanima.
Escolhi lecionar porque acreditava que poderia transmitir o conhecimento. Digo, agora com mais certeza, de que nós professores somos uma classe em extinção e sem mérito nenhum”.
Comentário:
observe o desabafo: basicamente, o professor reclama da falta de coerência dos alunos. Ou seja, se esforçam muito para produzir pouco.
Sim, o esforço é muito. Esforço para pagar a faculdade, se deslocar até lá, assistir aula, fazer algumas lições, etc. Mas, tudo pouco produtivo.
Eles não possuem força interior. Portanto, qualquer esforço, por menor que seja, é pesado.
O esforço pessoal deve ser sempre medido comparado às qualidades e habilidades que o indivíduo desenvolveu. Exemplo: um sedentário que correr 500 metros fará mais esforço e terá menos prazer do que um corredor que correr 2.000 metros. Um preguiçoso que transporta uma cadeira terá menos prazer e fará mais esforço do que uma pessoa que tem boa vontade .
Concluindo: em baixa intensidade, o esforço fica grande, com poucas habilidades.
A imensa maioria não terá quase nenhum retorno do seu investimento pessoal. Serão aqueles que desistirão, viverão a desilusão.
Pouca eficiência gera sofrimento, retrabalho e desavenças.
Responda você: você se esforça para ser vencedor ou para ser perdedor? (leia mais aqui)
Evolução é caminhar do complexo para o simples e do difícil para o fácil
Autor: Regis Mesquita
Comentário:
observe o desabafo: basicamente, o professor reclama da falta de coerência dos alunos. Ou seja, se esforçam muito para produzir pouco.
Sim, o esforço é muito. Esforço para pagar a faculdade, se deslocar até lá, assistir aula, fazer algumas lições, etc. Mas, tudo pouco produtivo.
Eles não possuem força interior. Portanto, qualquer esforço, por menor que seja, é pesado.
O esforço pessoal deve ser sempre medido comparado às qualidades e habilidades que o indivíduo desenvolveu. Exemplo: um sedentário que correr 500 metros fará mais esforço e terá menos prazer do que um corredor que correr 2.000 metros. Um preguiçoso que transporta uma cadeira terá menos prazer e fará mais esforço do que uma pessoa que tem boa vontade .
Concluindo: em baixa intensidade, o esforço fica grande, com poucas habilidades.
A imensa maioria não terá quase nenhum retorno do seu investimento pessoal. Serão aqueles que desistirão, viverão a desilusão.
Pouca eficiência gera sofrimento, retrabalho e desavenças.
Responda você: você se esforça para ser vencedor ou para ser perdedor? (leia mais aqui)
Autor: Regis Mesquita
Contato: regismesquita@hotmail.com
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