sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Fatores sociais e culturais que favorecem a obesidade infantil


Crianças obesas terão mais problemas cardíacos que seus pais





Amigos do site Psicologia Racional,

o texto abaixo traz uma série de informações muito importantes para refletir sobre a obesidade infantil. Fatores como tempo de sono, televisão, exposição a estímulo comercial, violência e outros são tratados neste texto.

Para leitura rápida: as partes mais interessantes estão em negrito.

boa leitura,

Regis Mesquita





Há muita ansiedade em torno dos hábitos alimentares das crianças, principalmente durante os picos de doces consumidos em datas como o Halloween e a Páscoa, mas os fatores que contribuem para o excesso de peso em crianças vão muito além ocasiões especiais. A maioria das crianças obesas, 17 % nos Estados Unidos, vão carregar esse peso extra em sua idade adulta, juntamente com as consequências em longo prazo sobre a saúde. Cientistas estimam que a atual geração de crianças vai viver VIDAS MAIS CURTAS do que os seus pais e terá maiores taxas de doenças cardíacas , diabetes e aterosclerose.



Apesar de diversos esforços, o número de crianças com sobrepeso e obesas parece não estar caindo, o que tem feito com que cientistas busquem outras causas para a epidemia de obesidade infantil. Uma equipe da University of Illinois está formando grupos de especialistas de campos amplos como a genética e as comunicações para tentar desobstruir a intrincada teia de forças que gera uma profusão de crianças rechonchudas. "É a composição celular, o comportamento infantil e os atributos da criança, são também os comportamentos familiares nas comunidades e ambientes dentro do Estado e políticas de nível nacional", diz Kristen Harrison, fundador da Teoria Synergistic e da Pesquisa em Obesidade e Grupo de Nutrição Projeto STRONG Kids, da Universidade. "É incrivelmente complexo".

LEIA TAMBÉM: Poluição sonora e a diminuição da inteligência e da atenção em crianças


Fatores como hereditariedade, o acesso ao exercício, os hábitos alimentares dos pais e das diferenças culturais no tamanho das porções são todos conhecidos por contribuir para a obesidade infantil. E esses fatores não existem isoladamente. "O que nós realmente não sabemos ainda é como esses fatores interagem uns com os outros", diz Harrison.


E, recentemente, pesquisadores do grupo e de outros lugares começaram a descobrir outras CAUSAS SURPREENDENTES da obesidade, como os horários de sono e a frequência das refeições em família.


Leia também:







Mais à dieta e aos exercícios


Convencer as crianças a comerem de forma mais saudável e a fazerem mais exercícios pode parecer simples, mas a longa lista de fatores genéticos, culturais e ambientais que levam as crianças a esses comportamentos são complexos e interligados, e os cientistas estão apenas começando a entendê-los. Frutas e vegetais frescos, por exemplo, nem sempre são acessíveis. Algumas comunidades têm abundância de supermercados repletos de alimentos frescos e saudáveis, enquanto outros bairros têm apenas fast-food e lojas de conveniência de esquina, o que torna difícil a obtenção suficiente de itens saudáveis. "A família pode ser muito motivada, mas se demorar duas viagens de ônibus para chegar a uma loja que transporta produtos frescos, fica muito difícil", diz Harrison.

LINK TREE: textos, cursos, livros, mentalizações, vídeos e mais


Fora da esfera familiar, as crianças também são frequentemente confrontadas com uma grande variedade de opções de pesos e embalagens, vendidas em máquinas automáticas e até mesmo na cantina escolar.

Cortes nos orçamentos das escolas também têm tirado verba dos esportes e dos programas de educação física, reduzindo a quantidade de exercícios que acontecem durante o horário escolar.


E a falta de espaços para jogos ao ar livre, como parques e bosques, também pode prejudicar as boas intenções dos pais.


"Os pais que vivem em bairros que não são seguros, não vão deixar seus filhos brincarem do lado de fora", diz Harrison. E uma rotina vivida dentro de casa torna difícil a realização de exercícios físicos suficientes para manter o peso ideal das crianças ou ajudar na perda do peso que elas já têm.

LEIA: Usando o Jejum como amplificador da vivência espiritual e da serenidade da mente

Os pesquisadores também alertaram sobre a importância de não depositar toda a culpa nos pais. "Muitas vezes as pessoas dizem: 'basta os pais pararem de alimentar tanto seus filhos' ", afirma Harrison. "Há uma visão extremamente equivocada de que esses pais e mães são estúpidos, gananciosos, e que não se importam." 


Clique Aqui
Quando os pais em comunidades de baixa renda são questionados sobre nutrição, eles sabem as respostas certas. Eles sabem que seus filhos devem comer mais frutas e legumes, e menos fast-foods. "Portanto, há algo muito além do que apenas a educação."


A televisão, por exemplo, acaba sendo um maior transmissor de maus hábitos alimentares do que o peso , raça e renda dos pais, e gênero e etnia da criança, tudo junto - de acordo com um estudo realizado por Harrison e sua equipe.



A televisão faz a criança ser alvo da comercialização de alimentos, combinado com um estilo de vida sedentário, em que a criança come enquanto assiste.




Um estudo publicado no Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, em 2006, estimou que para cada hora de televisão diária, as crianças consomem um adicional de 167 calorias. (Leia: Criança solitária na frente da televisão)

Fonte: Scientific American Brasil


SIGA A PSICOLOGIA RACIONAL NAS REDES SOCIAIS







Acompanhe a página Psicologia Racional no Facebook


Clique em "Curtir Página"





Gordo que se sente vítima não emagrece



Reflita:

Não seja a vítima que pede e espera uma solução que vem de outro. Seja o guerreiro inovador que busca soluções e desenvolve qualidades pessoais – e promove o bem.   Regis Mesquita


https://www.psicologiaracional.com.br/2012/09/obesidade-sabotagem.html








Um comentário:

  1. Concordo com quase tudo. Só que dieta e exercícios estão fora de cogitação. Deveria estar fora do universo lúdico delas. Se a criança é saudável e ativa, ela come quando tem fome e tem fome porque gasta energia.
    O resto é teoria de cientistas que inventam pesquisas e enchem livros de teorias...
    Abraços!

    ResponderExcluir