segunda-feira, 11 de junho de 2012

Um bom exemplo de como os adultos empobrecem a própria vida. Dicas para voltar a ser feliz como na infância.




Ensina-nos a contar os nossos dias para que alcancemos um coração sábio. Salmo 90:12








O melhor caminho para a felicidade é ser completo. Pois, desta forma as qualidades se complementam e se reforçam mutuamente.


Estando completa a pessoa pode agir com equilíbrio, colaborando consigo mesmo e com quem está ao seu redor.


Os desafios variam muito de pessoa para pessoa. Por exemplo, alguém que pratica a caridade em excesso pode deixar de lado sua função de educar e acompanhar seus filhos. A solução para manter a intensidade da caridade sem se distanciar da família pode ser, por exemplo, desenvolver qualidades de liderança. Sendo líder, ela poderá criar um grupo onde todos colaboram e ninguém seja excessivamente exigido.

LEIA: Aceitação: tempo para aprender com as situações da vida

(Observe que onde havia uma qualidade - servir/caridade - passou a ter duas qualidades - servir + liderança. A pessoa tornou-se mais completa.)


Ser completo exige que a pessoa use as habilidades infantis, mesmo quando já é adulta. Aliás, uma das formas mais comuns de empobrecimento da vida é esquecer a forma de viver na infância.


Observe a situação real: a mãe observa seus filhos felizes e alegres por estarem brincando. A mãe comenta com um dos filhos que gostaria de ser criança e voltar a brincar que nem eles. O filho não entende a colocação da mãe e diz que se ela pode brincar junto. A mãe se inibe toda e fica parada apenas observando.


Esta é a característica da vida adulta: o corpo progressivamente fica com menos movimento e cada vez mais sai da posição de experimentação para a postura de observação.


É uma transição lenta e considerada normal por todas as pessoas.


A criança é experimentadora porque a natureza a “obriga”. Ao longo dos anos, a criança deveria aprender a experimentar por si mesma. Experimentar é a base da brincadeira. Pois experimentar é o fazer, o construir, o refazer, o tentar, o se mexer, o se envolver, etc.





Quando a adolescência chega, o experimentar continua forte, mas nasce um grande competidor: o desejo de criar uma imagem social que mantenha o orgulho em alta (identidades). Neste momento, o adolescente começa uma lenta transição que faz com que ele, quando adulto, abandone o experimentar, imobilize o corpo e vire observador (não fossem todas as obrigações, a maior parte dos adultos não “faria nada”).





Acriança dentro de cada adulto fica adormecida. Adormece porque o modelo de funcionamento delas ficou esquecido. A pessoa lembra que era feliz, mas não sabe exatamente o porquê. Sonha com a vida irresponsável e inocente das crianças porque desejam perder as obrigações. Na realidade, sem as obrigações ficariam muito mais paralisadas. É uma vida cansada e desgastante, nada a ver com a vida energizada da criança.


A energia da criança é dada pela natureza, mas é amplificada pela sua postura. Experimentar, se envolver, participar e mexer o corpo são métodos fantásticos de revitalização do corpo.





Nenhum adulto precisa agir como uma criança, mas precisa integrar as qualidades de criança em sua vida.


Lembre: saia da posição de observador, nada desgasta mais o ser humano do que esta posição. Volte a experimentar! Aos poucos, com treino, você aprenderá a retomar esta capacidade; pois a experimentação abrange principalmente as pequenas coisas da vida. E, estas pequenas coisas, muitas vezes são as mais importantes e as mais esquecidas.





Uma leitora do site Psicologia Racional manda um email interessante. Ela poucas vezes encontrava com as amigas. Incentivada pela leitura deste site, ela pensou: "como posso voltar a brincar com minhas amigas?" Elas decidiram que fariam a alimentação juntas uma vez por semana. Nada de restaurante - lá seriam consumidoras e observadoras, com o corpo paralisado nas cadeiras. Elas se reúnem na casa de uma delas e cozinham juntas. Levam os filhos, bebem, dão risada, falam besteiras, comem juntas e passam momentos de profunda satisfação.

LEIA: Focar o presente e a simplicidade para ampliar a satisfação

Elas foram criativas e adaptaram o brincar para sua rotina de vida e suas necessidades. São mais felizes e mais ativas. Vitória da felicidade e do fazer em conjunto - brincar.


PS: não se esqueça de que ser “sem vergonha” é uma qualidade e uma das habilidades mais necessárias para voltar a experimentar.


Te convido a aprofundar neste tema lendo os textos do blog Caminho nobre






Autor: Regis Mesquita
Contato e Terapia: regismesquita@hotmail.com










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Dicas para voltar a ser feliz como na infância






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