O ser humano, Homo sapiens, precisa sempre produzir algo. Esta necessidade está implícita na alma humana. Através da produção o ser humano cria e renova sua identidade, fortalece sua mente e expande seus limites.
Criar é, portanto, a melhor forma de manter a vida ativa e saudável.
Estamos em uma sociedade de consumo. O próprio nome diz, consumir mais do que produzir.
O prazer em produzir é infinitamente mais duradouro que o de consumir. O prazer de consumir também pode ser intenso, porém dura menos e poucas vezes agrega qualidades, habilidades ou sabedorias.
Além do prazer existe algo que é a satisfação: o prazer acompanhado da sensação de plenitude.
O consumo é intenso por um curto período, por isto tem sempre que ter seu objetivo/meta/desejo mudado. É como um vício que sempre pede mais para ter prazer.
Uma das consequências é a patologia do vínculo: a pessoa não pode criar vínculo com nada, por que tudo será rapidamente descartado.
Sem vínculo, a angústia é reforçada - um convite para a depressão.
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Estas breves reflexões são um convite para vocês lerem a entrevista do filósofo Gilles Lipovetsky para a revista Istoé. Ele diz: "O homem moderno tem necessidade de emoção e, para a maioria das pessoas, isso passa pelo consumo... Quando você não tem tantos amores ou grandes emoções, o consumo funciona como um prazer fácil, que traz satisfação momentânea".
Crianças pequenas são super incentivadas a criar. A imensa maioria delas são super-felizes. Com o passar dos anos o incentivo à criação é continuamente diminuído. O que passa a ser incentivado é a adequação social e a imobilidade física.
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Ir contra nossa natureza é um caminho sempre mais difícil.
Autor: Regis Mesquita
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