O pai chega ao consultório
e diz:
“Fiz tudo certo, mas na
prática deu errado”.
O olhar é de
incredulidade!
Bons pais, dedicados,
carinhosos, amigos e bons exemplos.
O que deu errado?
Recebo tantos pais assim
em meu consultório que me pergunto:
Será
que está tão difícil enxergar os desafios de criar filhos em uma sociedade
narcísica?
Pais chegam preocupados
com a possibilidade dos filhos se drogarem.
Ficar viciado em droga é
muito ruim, mas é relativamente raro.
Quase nenhum se preocupa
com outra epidemia:
Crianças
de mente fraca, que não toleram frustração e desistem de criar habilidades.
Eis uma história real:
Um pai está na piscina e
seu filho chega pedindo comida porque está com fome.
O pai explica que dali à
uma hora vão almoçar, e que é para ele voltar a brincar.
A criança insiste que está
com fome.
O pai diz:
“qual é o problema de você
sentir fome? Vai brincar que depois vamos almoçar”.
Como
pode um bom pai não se importar com o sofrimento do filho?
Estes outros pais dariam,
naquele momento, comida para seu filho.
Um ato de amor, um ato de
quem quer evitar o sofrimento do filho.
Mas, será que estão
realmente evitando o sofrimento?
Não, não estão.
A percepção do sofrimento depende do treino mental que a pessoa teve.
Algumas pessoas darão
escândalo ao menor sofrimento, perderão o controle, sofrerão muito.
Neste caso a mente age como uma caixa amplificadora do sofrimento.
Outras pessoas, na mesma
situação, ficarão apenas incomodadas. Elas manterão a paz e a satisfação, mesmo com o
sofrimento (que será menor por causa do preparo de sua mente).
A
educação deve treinar mentes para viver igual ao
segundo exemplo.
MAIS TEXTOS DE REGIS MESQUITA:
MAIS TEXTOS DE REGIS MESQUITA:
Autocontrole, tolerância à
frustração, foco no positivo, resiliência, perseverança, não ser impulsivo.
Todas
são qualidades que devem ser desenvolvidas em uma sociedade narcísica e de
abundância.
Abundância: todos os pais
na piscina têm dinheiro para acabar com a fome do filho, imediatamente.
Dinheiro e amor não faltam. Acabam treinando pessoas impulsivas e sem
as qualidades necessárias para viver bem no mundo atual.
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Ela continuou a brincar e ser
feliz, mesmo convivendo com este estímulo aversivo.
A criança brincou, e
esperou para se alimentar.
Este treino é muito
importante.
A classe média não vive
mais em mundo de carências.
A carência é educativa, a
abundância poucas vezes é educativa.
No mundo de abundância
torna-se necessário entender termos como privação voluntária, fator mínimo, escolha de
objetivos, etc.
A regra é: a boa educação
deve estar baseada na realidade.
Abaixo estão dois textos para você complementar seu estudo:
O excesso acaba com a concentração de crianças e adultos e dificulta a criação de vínculos afetivos
Autor: Regis Mesquita
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Para fortalecer a mente,
sugiro que ESTUDE os textos do Blog Caminho Nobre. É um blog dedicado a este
tema, sob uma vertente espiritual.
Leia também:
Este
texto é uma homenagem a todos os pais que recebo em meu consultório para
orientá-los sobre as estratégias de
educação que estão usando com seus filhos.
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oq fazer
ResponderExcluirEstou gostando muito dos seus textos, tenho muita preocupação pois chega a ser um paradoxo você querer dar para a criança pela qual é responsável e ainda sim fazer com que ela cresça sabendo o valor que aquilo tem e não seja impaciente e impulsiva e esse simples texto já evita o imediatismo muitas vezes acompanhado por birras e caras feias.
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