O IPEA (Instituto de pesquisa) fez
uma pesquisa questionando o quanto as pessoas concordam com a seguinte
afirmação: “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas.”
26% das pessoas responderam que
concordam totalmente ou parcialmente com esta afirmação.
58% discordam totalmente desta
afirmação.
A mulher coloca uma roupa
hipersensual e sai na rua.
O homem vê e fica estimulado sexualmente.
Alguns homens se controlam, outros
não.
Podem mexer, xingar ou até usar de
violência física.
A responsabilidade é sempre
individual.
O autocontrole só é eficiente quando a pessoa deixa de se ver como
vítima.
Enquanto for vítima, o outro é o
culpado.
O homem olha e fica excitado; mas é
frustrado pela mulher que não se importa com ele.
Alguns não aguentam a frustração e desenvolvem raiva; eles sentem que são vítimas das mulheres que os excitam e não os satisfazem.
Ficam piores se encontram prazer na
maldade.
Elas perdem o autocontrole e passam
a ter prazer em humilhar, agredir ou desprezar mulheres.
Agridem mulheres de todas as
classes sociais, todas as raças e credos.
A natureza tornou o homem capaz de
se excitar com qualquer tipo de mulher.
No começo do século XX, quando as
roupas eram muito mais longas, os homens também se excitavam.
Há dez mil anos, os homens também se
excitavam.
A excitação sexual é uma forma de
prazer; saudável e necessária para a preservação da espécie.
Mas, além dos instintos, a natureza
brindou o humano com outras capacidades: autocontrole e capacidade de se
relacionar com respeito.
Portanto, não é a roupa que faz o
homem “perder a cabeça”.
É a incapacidade de tolerar a frustração pelo fato da mulher ter o
poder de decidir sua própria vida sexual.
Este homem, indignado com sua
insignificância sexual para as mulheres, terá na agressividade uma opção
constante.
Na empresa poderá bloquear o
progresso profissional de uma mulher.
No lar poderá depreciar a esposa ou
filhas.
Manterá em sua mente várias crenças
negativas.
Ou seja, estará pronto para agir,
mas não para agir com justiça.
Submissão das mulheres, a face pervertida do servir. A necessidade da mulher se autoafirmar para que a sociedade possa superar preconceitos.
Em todas as culturas, a fraqueza
dos homens gera a culpabilização da mulher.
Preste atenção: a violência e o preconceito se mantém fortes porque uma parcela da
sociedade sempre DEFENDE quem a pratica.
Quando homens indignados com sua
própria frustração atacam mulheres, sempre existe alguém para concordar com eles.
É assim que a violência perpetua.
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Existem muitos casos de violência
policial porque os indivíduos impotentes frente à violência clamam para que
“alguém faça algo”.
Quanto mais impotentes, quanto mais
fracos, mais indignados e mais clamor por violência.
Os indignados são mais dispostos a
tolerar injustiças e maldades.
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Portanto, pessoas que concordam com
a agressão contra mulheres são pessoas que se acostumaram a projetar nos outros
sua raiva e sua insatisfação.
São pessoas que se vêem como vítimas
e que, por isto, toleram a violência.
Uma sociedade violenta é
consequência de uma ampla maioria de pessoas com mentes violentas.
(Obs: A cultura atual treina as
mentes para serem impulsivas e descontroladas. O desafio é buscar o autocontrole. )
A mulher, que sofre qualquer tipo
de constrangimento, deve enfrentar esta ameaça se autoafirmando. Afirmando sua
liberdade, seu poder, sua força e sua capacidade de cuidar de si e enfrentar os
desafios da vida. Homens que não toleram a frustração sentem-se a vontade para usar várias formas de violência e depreciação com
mulheres que não se afirmam.
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Para refletir:
“Ideias negativas que se mantêm
vivas na sociedade dependem de espíritos que se negam a aprender, pois é
através deles que continuam a circular. Por isto, é muito importante leis que
penalizem a ação destas pessoas e, assim, as inibam em sua conduta negativa. A
lei protege a vítima e o potencial infrator.”
Livro Nascer Várias Vezes, pag, 258
– capítulo: “o ser humano realmente evolui?”
Leia a introdução ao livro Nascer
Várias Vezes.
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