Quando
as pessoas chegam no supermercado para comprar frutas, elas escolhem as mais “bonitas”
e de “melhor qualidade”. As frutas maiores, sem marca de insetos, sem manchas
ou “deformações” são as preferidas. Ou seja, são escolhidas pela aparência.
Qual
a diferença de gosto e de nutrição entre um tomate redondinho e bonitinho e um tomate todo irregular? Nenhum. Mas, o tomate bonitinho é vendido rapidamente e
o outro é desprezado. Este comportamento dos consumidores é um dos grandes
responsáveis pelo comportamento dos produtores que buscam nos agrotóxicos e em
várias outras técnicas antiecológicas a solução para produzirem produtos mais
vendáveis.
Produto
agrícola de “boa qualidade” passou a ser quase sinônimo de produtos agrícolas
produzidos com muita química, muito veneno e muita tecnologia (transgênicos,
etc).
LEIA TAMBÉM: Ao acordar agradeço a vida que tenho
Preste
atenção: a goiabeira de quintal, aquela que fica livre da agricultura
comercial, é extremamente produtiva. Ela produz sem venenos, sem químicas e sem
tecnologias antinaturais. Seus frutos, porém, são pouco vendáveis. Eles são
irregulares, cheios de manchas, com marca de insetos e com risco de ter bicho
dentro. São saborosos e nutritivos. Também não carregam veneno para dentro do
teu corpo.
Apesar
de saberem de tudo isto, as pessoas continuam privilegiando o produto que é
bonito e agrada a seus preconceitos. Preferem
a certeza de ter o corpo contaminado do que mudar suas preferências estéticas.
A
lista abaixo foi feita para te ajudar a mudar suas preferências estéticas e
superar seus preconceitos.
1)
“39 deputados europeus e 14 ministros da Saúde ou do Meio Ambiente de vários
países europeus foram testados (para saber quanto o corpo deles estava
contaminado com produtos químicos industriais). Eram todos portadores de doses
significativas de poluentes cuja toxicidade para o homem é comprovada. Treze
resíduos químicos (ftalatos e compostos perfluorados) foram sistematicamente
encontrados em todos os deputados. Quanto aos ministros, eles apresentavam,
entre outros, 25 traços de produtos químicos idênticos: um retardador de chama,
dois pesticidas e 22 PCB (bifenilos policlorados). Essa poluição do organismo
não está reservada aos eleitos nem aos europeus: nos Estados Unidos, os
pesquisadores do Center for Disease Control identificaram a presença de 148
produtos químicos tóxicos no sangue e na urina de americanos de todas as
idades.” (1)
2)
Uma pesquisa da Universidade de Washington "reforçou as descobertas
originais: 23 crianças foram inicialmente testadas depois de seguir durante
vários meses uma dieta convencional. A urina delas mostrava a presença de
pesticidas. Em seguida, elas consumiram exclusivamente alimentos orgânicos. Em
alguns dias, todo vestígio de pesticida tinha desaparecido de suas urinas.
Quando voltaram à alimentação convencional, os vestígios de pesticidas
rapidamente reapareceram, no mesmo nível que antes da alimentação orgânica. (1)
3)
Os produtos tóxicos presentes nos produtos na hora da venda são inodoros, sem
sabor e incolor. Passam despercebidos aos cinco sentidos. Porém, o ”pesquisador
da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Luiz Claudio Meirelles, alertou para a
ingestão contínua de quantidades pequenas de agrotóxicos no dia-a-dia. “75% dos
alimentos têm resíduos de agrotóxicos. A cada vez que você bota uma refeição na
mesa, ela está ali com uma quantidade de resíduos enormes, e os estudos têm
mostrado que chegam a 17 diferentes tipos de agrotóxicos para o qual a ciência
sequer tem ferramental para dizer como é que isso vai funcionar para a vida.”
(2)
4)
“Segundo o Instituto Nacional do Câncer, alguns herbicidas banidos do mercado
internacional ainda têm livre trânsito no País. É o caso do glifosato, o mais
consumido no Brasil, que foi associado ao surgimento de câncer pela Organização
Mundial da Saúde”. (2) Observe: o glifosato é o herbicida mais consumido no
Brasil.
5)
"descobri estarrecido que somos, desde 2008, o país que mais consome
agrotóxicos no mundo. Uau, pensei! Então devemos mesmo ser os campeões na
produção de alimentos. Em rápida consulta ao site da FAO, a Organização das
Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, descobri: em 2008, a produção
sul-americana de grãos foi de 136 milhões de toneladas. De fato, dá para fazer
muita papinha. Mas a norte-americana, no mesmo período, foi de 453 milhões de
toneladas; a europeia, 478 milhões; e a asiática, 945 milhões. Não lhes parece
desproporcional estar no pódio do consumo de agrotóxicos para uma fatia
relativamente pequena da produção global?” (3)
Há
um evidente exagero no uso de agrotóxicos no Brasil. Além do exagero, há o uso
de agrotóxicos banidos em diversos países por serem altamente prejudiciais à
saúde e ao meio ambiente. O resultado é
alta dose de contaminação do corpo dos cidadãos.
Contaminação
por produtos químicos tóxicos afeta a saúde e o bem-estar das pessoas. Capazes
de provocar depressão em algumas pessoas, podem causar outras pequenas
alterações de humor em um número muito maior indivíduos. Ou seja, seu corpo e
seu bem-estar estão sendo prejudicados por algo que não deixa cheiro, cor ou
sabor na sua comida e deixa ela mais
bonita e mais atrativa.
Fique
muito alerta da próxima vez que você pensar: “que fruta bonita, não tem nenhuma
marquinha de insetos.” É sinal que os insetos morreram ou fugiram por causa do
veneno (também chamado de defensivo agrícola).
Uma
boa forma de ajudar a natureza e a sua saúde é acabar com seus preconceitos
estéticos ao escolher frutas, verduras e legumes.
(2)
Agência Câmara
Dica de documentário
sobre o tema: O veneno está na mesa
Autor: Regis Mesquita
Contato e Terapia: regismesquita@hotmail.com
SIGA A PSICOLOGIA RACIONAL NAS REDES SOCIAIS
Leia também:
DIREITOS AUTORAIS
Os textos do Site PSICOLOGIA RACIONAL, escritos pelo
seu autor Regis Mesquita, estão REGISTRADOS e PROTEGIDOS.
Licença para reprodução dos textos do site Psicologia
Racional, siga as instruções.
Obrigado pelo ótimo texto. Regis!
ResponderExcluir