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compartilho o texto abaixo para você se entender que qualidade de vida está diretamente relacionada à qualidade do sono.
Proteger o patrimônio
compartilho o texto abaixo para você se entender que qualidade de vida está diretamente relacionada à qualidade do sono.
Proteger o patrimônio
O melhor patrimônio de que
dispomos para dar nossa contribuição máxima ao mundo somos nós. Se não investimos em nós mesmos - em nossa mente, nosso corpo e nosso espírito -
prejudicamos a nossa ferramenta mais eficiente e confiável. Uma das maneiras
mais comuns de prejudicar esse patrimônio, principalmente no caso de pessoas
ambiciosas e bem-sucedidas, é dormir pouco.
Se deixarmos nosso
instinto workaholic tomar conta, seremos engolidos por inteiro. Vamos nos
desgastar cedo demais. Precisamos ser tão estratégicos conosco como somos com a
carreira e a empresa. Temos que controlar nosso ritmo, cuidar da saúde e obter
energia para explorar, prosperar e realizar.
... Para uma personalidade
hiperativa e workaholic ..., forçar-se até o limite é fácil. Ele explica aos
que têm um desempenho acima das expectativas: “Se você acha que é tão forte que
consegue fazer qualquer coisa, eis um desafio realmente difícil: diga não a uma
oportunidade e tire um cochilo.”
Aos 21 anos, eu também
pensava que dormir era algo a evitar. Para mim, era um mal necessário: um
desperdício de tempo que poderia ser usado produtivamente; coisa para os
fracos, para quem não tinha força de vontade. A ideia de ser um super-homem e
dormir poucas horas por noite era inebriante. Cheguei a experimentar algumas
formas bastante drásticas e pouco convencionais de reduzir as horas de repouso.
Depois de ler um estudo
sobre o sono no qual alguns participantes tiveram que dormir apenas 20 minutos
de quatro em quatro horas, resolvi tentar. Foi suportável durante algum tempo,
mas logo descobri que, embora tecnicamente seja possível sobreviver desse
jeito, dormir assim tinha os seus reveses. Por exemplo, descobri que eu ficava
tecnicamente acordado, mas que durante esse período o cérebro mal funcionava.
Era mais difícil pensar, planejar, priorizar ou ver o panorama mais amplo. Era
complicado tomar decisões ou fazer escolhas, e quase impossível discernir entre
o essencial e o trivial.
Entenda porque as pessoas estão tendo mais doenças mentais (depressão, ansiedade, pânico, stress, etc)
Logo ficou insuportável,
mas eu ainda teimava que, quanto menos dormisse, mais conseguiria fazer.
Portanto, adotei a nova tática de virar uma noite por semana. Então minha
mulher, que não aprovava a prática, me mostrou um artigo que mudou
completamente a minha opinião sobre o sono. 0 texto questionava a noção de que
o sono era inimigo da produtividade e argumentava, de forma convincente, que
dormir bem era de fato o propulsor dos altos níveis de desempenho. Lembro que o
artigo listava grandes líderes empresariais que se gabavam de dormir oito horas
inteiras e que também citava Bill Clinton, que confessara que todos os grandes
erros que cometera na vida resultaram da falta de sono. Desde então, tento
dormir oito horas por noite.
E quanto a você? Analise
sua rotina da semana passada. Dormiu menos de sete horas em alguma daquelas
noites? Dormiu menos de sete horas algumas noites seguidas? Pegou-se dizendo ou
pensando com orgulho: “Não preciso dormir oito horas inteiras. Posso sobreviver
perfeitamente com quatro ou cinco horas de sono”? Bom, embora haja gente
realmente capaz de sobreviver com menos horas de sono, descobri que a maioria das pessoas simplesmente ficou tão acostumada a
viver exausta que se esqueceu de como é estar totalmente descansada.
O não essencialista
considera o sono mais um fardo numa vida já cheia de exigências e compromissos.
O essencialista, por sua vez, sabe que o sono é fundamental para que possa
funcionar em um nível elevado de
contribuição quase o tempo todo. É por isso que, de forma sistemática e
deliberada, dormem as horas necessárias
para assim fazer mais, realizar mais e explorar mais. Ao “proteger o
próprio patrimônio”, conseguem enfrentar o dia a dia com uma reserva de
energia, criatividade e capacidade de resolver problemas para usá-la quando
necessário ao contrário dos não essencialistas, que nunca sabem quando nem onde
serão vencidos pela própria fadiga.
Os essencialistas escolhem
fazer uma coisa a menos agora para fazer mais amanhã. Sim, é uma concessão.
Mas, de forma cumulativa, essa pequena perda traz grandes recompensas.
Não
Essencialista
PENSA:
Uma hora a menos de sono
significa uma hora a mais de produtividade
Dormir é para os fracos
Dormir é um luxo.
Dormir provoca preguiça.
Dormir nos impede de
“fazer tudo"
Essencialista
SABE:
Uma hora a mais de sono
significa várias horas a mais de produtividade muito maior
Dormir é prioridade.
Dormir estimula a
criatividade.
Dormir permite alcançarmos
o nível máximo de contribuição mental.
Para
acabar com o estigma do sono
No famoso estudo com
violinistas que Malcolm Gladwell popularizou como a “Regra das 10 Mil Horas”,
K. Anders Ericsson descobriu que os melhores violinistas passavam mais tempo
estudando do que os colegas que eram apenas bons. Esse resultado comprova a
lógica do essencialista ao mostrar que a maestria exige esforço concentrado e
deliberado. É encorajador aprender que a excelência está em nossa esfera de
influência e não é uma bênção concedida apenas aos naturalmente mais
talentosos. Mas também chega muito perto de estimular a mentalidade não
essencialista de “tenho que fazer tudo”, esse mito pernicioso capaz de
justificar mais e mais horas de trabalho com um retorno cada vez menor.
No entanto, tudo fica
muito claro quando examinamos uma descoberta menos conhecida do mesmo estudo:
que o segundo fator mais importante para
diferenciar os melhores dos bons violinistas era, na verdade, o sono. Os
melhores violinistas dormiam, em média, 8,6 horas por dia: cerca de uma hora a
mais do que a média dos americanos. No período de uma semana, também
cochilavam, em média, 2,8 horas à tarde: cerca de duas horas a mais do que a
média. Os autores do estudo concluíram que o sono permitia que esses músicos de
alto desempenho se recuperassem para estudar com mais concentração. Portanto,
além de estudar mais, eles também produziam
mais resultados naquelas horas de estudo porque estavam mais descansados.
No artigo “Déficit de
sono: o exterminador do desempenho” publicado na revista Harvard Buszhess
Review, Charles A. Czeisler, professor de Medicina do Sono da Faculdade de
Medicina de Harvard, explicou como a privação de sono prejudica a performance.
Ele compara o déficit de sono a beber em excesso e conclui que virar uma noite
(ou seja, ficar 24 horas sem dormir) ou passar a semana dormindo apenas quatro
ou cinco horas por noite “induz uma debilidade equivalente à causada quando um
indivíduo está com nível de 0,1% de álcool na corrente sanguínea. Pense bem:
jamais diríamos, como ele é trabalhador! Passa o tempo todo bêbado!', mas
continuamos a exaltar quem sacrifica o sono para trabalhar”.
Embora o sono costume ser
associado ao descanso do corpo, pesquisas recentes mostram que na verdade o sono descansa mais o cérebro. Um
estudo da Universidade de Liiebeck, na Alemanha, comprova que uma boa noite de sono pode aumentar o poder cerebral e melhorar a capacidade de resolver problemas.
No estudo, publicado na
revista Nature, mais de 100 voluntários receberam um quebra-cabeça numérico com
um detalhe pouco convencional: era preciso descobrir um “código oculto” para
encontrar a resposta. Os voluntários foram divididos em dois grupos; um pôde
dormir oito horas ininterruptas, o outro foi interrompido enquanto dormia.
Então os cientistas observaram quais voluntários encontraram o código oculto. O
resultado foi que, comparando-se aos voluntários que não dormiram bem, o dobro
de pessoas do grupo que dormiu oito horas resolveu o problema. Os pesquisadores
explicaram que, enquanto dormimos, o
cérebro trabalha intensamente para codificar e reestruturar informações.
Portanto, quando acordamos, o cérebro pode ter feito novas conexões neurais e, assim, permitir uma variedade maior
de soluções para os problemas, literalmente da noite para o dia.
VÍDEO: A importância do autocontrole e da autoprivação para atingir níveis superiores de consciência
Uma boa notícia tanto para
quem acorda com as galinhas quanto para quem vai dormir com as corujas: a ciência mostra que até um cochilo pode
aumentar a criatividade. Para dar apenas um exemplo, um relatório do
periódico Proceedings of the National Academy of Sciences revelou que até um
único ciclo de REM - rapid eye movement ou movimento rápido dos olhos - melhora a integração de informações não
associadas. Em outras palavras, basta um breve período de sono profundo
para nos ajudar a fazer o tipo de conexões
novas que nos permite explorar melhor o mundo.
Resumindo, é o sono que nos permite funcionar no nível
máximo de contribuição e realizar mais em menos tempo. Embora a cultura do
super-homem que não precisa dormir ainda persista, o estigma está diminuindo,
graças, em parte, a alguns grandes líderes - sobretudo em setores que costumam
enaltecer aqueles que viram as noites - que se gabaram publicamente de dormir
oito horas seguidas. Essas pessoas (muitas delas verdadeiros essencialistas)
sabem que hábitos de sono saudáveis lhes dão uma imensa vantagem competitiva.
Jeff Bezos, fundador da
Amazon.com, é um deles:
“Fico mais alerta e penso
com mais clareza. Simplesmente me sinto muito melhor o dia inteiro depois de
dormir oito horas.” Outro é Mark Andreessen, um dos fundadores da Netscape e
ex-limitador do sono que costumava trabalhar até altas horas da madrugada e
mesmo assim estava em pé às sete da manhã. Ele confessou: “Eu passava o dia
inteiro com vontade de voltar para casa e dormir.” Hoje sabe a importância do
sono: “Se durmo sete horas meu desempenho já se altera. Seis e ele fica abaixo
do ideal. Cinco é um grande problema. Quatro me transformam em zumbi.” Nos fins
de semana, ele dorme 12 horas ou mais. “Faz uma grande diferença na minha
capacidade de ação”, explicou.
LEIA E ASSISTA OS VÍDEOS: Introdução ao uso da respiração para aquietar a mente, relaxar o corpo e diminuir o stress.
Esses executivos foram
citados em um artigo intitulado “Dormir é o novo símbolo de status dos
empreendedores de sucesso”. Nancy Jeffrey, do The Wall Street journal,
escreveu:
"É oficial. O sono, essa
commodity valiosa nos estressados Estados Unidos, é o novo símbolo de status.
Antes desdenhado como um defeito de gente fraca - os mesmos supertrabalhadores
da década de 1980 que gritavam que “almoçar é para perdedores" também
acreditavam que “dormir é para imbecis" -, o sono está sendo promovido
como o elixir restaurador da mente
dos executivos criativos. A isso podemos acrescentar que também é o elixir
restaurador da mente do essencialista perspicaz."
Em uma reportagem do The
New York Times, Erin Callan, ex-diretora financeira de um banco de
investimentos, contou:
"Numa festa com o pessoal
do trabalho, em 2005, uma colega perguntou ao meu marido o que eu fazia no fim
de semana. Ela me via como alguém cheia de energia e intensidade. “Ela anda de
caiaque, faz escalada e depois corre meia maratona?", brincou. “Não",
respondeu ele com simplicidade; “ela dorme." Era verdade. Eu passava os
fins de semana recarregando a bateria para a semana seguinte."
Portanto, se o estigma do
sono ainda existir no seu local de trabalho, você pode tomar a iniciativa de
estimular explicitamente o ato de dormir. Caso pareça radical, veja que os muitos benefícios do sono mais
criatividade, maior produtividade e até menos despesas com assistência médica -
têm o potencial de afetar diretamente o lucro da empresa. Com isso em vista,
não é tão difícil assim pensar na possibilidade de o seu gestor ou o
departamento de recursos humanos desenvolverem uma política para incentivar os
funcionários a dormir mais. Por exemplo, Charles Czeisler, de Harvard, propôs
uma política na qual nenhum funcionário poderia ir trabalhar dirigindo depois
de virar a noite viajando, e outras empresas permitem que os funcionários
cheguem mais tarde se tiverem feito hora extra na noite anterior.
Autor: Greg Mckeown
Livro: Essencialismo – a disciplinada
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Excelente artigo!
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